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Tendências, saiba como surgem as tendencias da moda

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Tendências, saiba como surgem as tendencias da moda




Você já parou para pensar de onde vêm as tendências? Algumas respostas podem surgir à mente: dos famosos, das novelas, dos estilistas, das modelos, dos cantores, das propagandas...

Mas a realidade é muito mais complexa do que essas opções e engloba mais uma série de alternativas que muitas pessoas sequer imaginam.

Sabina Deweik é especialista no assunto e representa no Brasil há 20 anos o Future Concept Lab (instituto de pesquisa de tendências de consumo e consultoria estratégica).

Durante uma palestra do evento de moda 
Casa de Criadores, ela contou que hoje em dia, principalmente por causa da tecnologia, que é capaz de colocar o mundo inteiro em contato por meio de alguns cliques na internet, por exemplo, todas as áreas estão muito interligadas e não há mais como pensar em moda e beleza sem pensar na culinária, na pintura, nos aparelhos eletrônicos, na questão do meio ambiente e etc.
- Um setor influencia o outro e praticamente não há fronteiras entre eles. Sendo assim, para saber o que vai estar na moda, mas sem ser efêmero, ou seja, algo que a gente possa chamar de tendência para uma estação, por exemplo, é necessário estudar tudo o que acontece no mundo, desde o fenômeno do Twitter, até as novidades nos restaurantes e bares, as músicas e a arte em geral.

Sabina ainda comenta que houve uma inversão de papéis importante no mundo fashion.
- Antigamente para saber o que estava “na moda” bastava olhar para a vitrine de uma grande grife, como a Louis Vuitton. A pessoa entrava em uma loja e saía dos pés a cabeça vestindo a marca e pronto, já era considerado uma pessoa antenada. Hoje em dia isso mudou e são as grifes que estão buscando nas ruas as referências para suas coleções. Elas estão atentas aos detalhes, a elementos comuns em determinados grupos e às atividades que as pessoas estão habituadas a fazer no dia a dia.

Outra mudança importante foi no estilo das pessoas. Antigamente uma pessoa tinha um estilo marcado e bem definido. O executivo vestia peças sofisticadas, sérias e, ao mesmo tempo, clássicas. O esportista vestia roupas mais despojadas, com tecidos como moletom e tactel e assim por diante.
- Hoje em dia há uma mistura de estilos, que se confundem. É possível misturar elementos em um look e, por isso, fica muito difícil dizer um padrão exato que defina uma pessoa. As marcas precisam estar atentas a esse fenômeno e entender a multiplicidade do indivíduo.

Mas como será que essas tendências são captadas? É aí que entra o trabalho dos cool hunting, os “caçadores de tendências”.
- São pessoas com perfis distintos, na maioria jovens, curiosas, abertas às novas idéias, sem filtros e sem pressupostos, são atentas a tudo e a todos e prestam atenção em mínimos detalhes, captando sinais que passam despercebidos por muitos de nós.

Os cool hunting trabalham de diversas maneiras, mas, em todos os casos, executam um trabalho de campo que exige bastante paciência. Eles vão às ruas com uma máquina fotográfica na mão e, na maior "cara de pau" (a vergonha precisa ser deixada de lado em nome do trabalho), fotografam absolutamente tudo que achar interessante ou diferente nas pessoas, nas vitrines, nos outdoors, nas propagandas, nos bares e restaurantes, nas galerias de arte e etc.

Além disso, buscam novidades na literatura, nas revistas, no cinema, nos menus, nos cosméticos, nas pesquisas, na internet, nas novidades tecnológicas e em tudo que passar na cabeça. De todos esses dados, eles conseguem obter um material gigantesco, no qual estudam detalhadamente cada aspecto e, por fim, percebem certos fenômenos em comum, no qual apresentam para as empresas que encomendaram o trabalho como “possíveis tendências”.

Ao contrário do que você pode estar pensando, de acordo com Sabina, os cool hunting não são ditadores de tendência, nem são pessoas “da moda” e não precisam se vestir com elementos fashion.
- Eles são apenas excelentes observadores, possuem a intuição aguçada e precisam ter a capacidade de demonstrar o que observam por meio de registros fotográficos e escritos. Mas isso não quer dizer que eles precisam adotar essas observações na maneira como e vestem.

Apesar de ser considerado um dom natural, hoje em dia existem cursos formadores de cool hunters, inclusive no Brasil, e, segundo Sabina, essa pode ser considerada uma “profissão do futuro”.

fonte; 
http://entretenimento.r7.com

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